
Em 2025, a Mirantte Soluções Imobiliárias celebra quatro décadas de uma trajetória marcada por ousadia, resiliência e visão de futuro. Fundada em 1985 por Luiz Carlos Kechichian – hoje CEO da empresa e referência no mercado imobiliário – a Mirantte nasceu no coração da Zona Norte de São Paulo (SP) e, ao longo dos anos, transformou-se em um verdadeiro símbolo de excelência no setor.
Em entrevista ao site da ABMI, Kechichian, conhecido na empresa e no mercado como “Capitão”, compartilha os bastidores dessa jornada que começou com um sobrado no Jardim São Paulo, no bairro de Santana, na capital paulista, e hoje se desdobra em seis agências estrategicamente posicionadas na metrópole, além de operações internacionais em Miami (Flórida) e na cidade do Porto, em Portugal.
A expansão para mercados do exterior representa um novo capítulo na história da Mirantte, segundo Kechichian, ou seja, o de acompanhar seus clientes além das fronteiras, oferecendo segurança, conhecimento local e a mesma excelência que a consagrou no Brasil. Em um cenário global cada vez mais conectado, a empresa buscou ouvir as demandas de um público que busca investir ou viver fora do país, respondendo com estrutura, parcerias estratégicas e uma adaptação cuidadosa às culturas e legislações locais.
“Parabéns à Mirantte, ao seu CEO e fundador, Luiz Carlos Kechichian, a seus corretores de imóveis e funcionários, por representarem uma referência de tamanha importância, não só para São Paulo, mas para o cenário nacional do mercado imobiliário”, cumprimenta o presidente da ABMI, Alfredo Freitas, destacando que a empresa representa a entidade na capital paulista ao lado de outra grande empresa do setor, a Fernandez Mera Negócios Imobiliários.


A conversa com Kechichian mergulha nos momentos mais desafiadores – como a construção da sede em meio ao impacto do Plano Collor – e nas conquistas mais marcantes, como a profissionalização da corretagem e a formação de líderes internos.
Mais do que uma retrospectiva, esta entrevista é um convite para entender como a Mirantte se consolidou como “especialista em Zona Norte” de São Paulo, mantendo-se fiel a seus valores mesmo ao expandir fronteiras.
Com mais de 500 colaboradores e uma cultura baseada em confiança, inovação e presença local, a empresa celebra 40 anos não apenas como uma marca consolidada, mas como uma história viva de transformação, da cidade, do mercado e das pessoas que ajudou a prosperar.

Prepare-se para conhecer, pelas palavras de seu fundador, como se constrói um legado que atravessa gerações. Porque, como ele mesmo diz, “cada conquista ficou para quem permaneceu. E nós permanecemos. Juntos.”
Pode relembrar aqui resumidamente como nasceu a Mirantte e qual foi sua visão original para a empresa?
A Mirantte nasceu em 1985, com uma ideia simples, mas ousada: profissionalizar o mercado imobiliário da Zona Norte de São Paulo. Naquela época, a corretagem ainda era muito informal, e a nossa visão foi trazer seriedade, ética e estrutura para transformar a experiência do cliente. A missão era clara desde o início: oferecer um serviço diferenciado, com foco em resultado e relacionamento de longo prazo. E esse espírito pioneiro continua sendo o nosso guia até hoje.
Por que o nome com dois “T”? Ainda se lembra da emoção de abrir o primeiro escritório?
O nome Mirante surgiu naturalmente. Afinal, a nossa primeira agência ficava bem em frente ao Mirante do Jardim São Paulo, na Rua Condessa Siciliano, 552, em Santana. Era impossível ignorar aquele ponto de referência tão marcante. Mas, na hora de registrar a marca, descobrimos que “Mirante” com um T só já existia. Foi aí que veio a solução criativa: adicionar um segundo “T” e transformar em Mirantte. Simples, único e registrável. E quanto à emoção de abrir aquele primeiro escritório? Inesquecível. Um espaço pequeno, mas carregado de sonho e coragem. Não havia luxo, mas havia propósito. Era o início de uma jornada que, mesmo sem sabermos na época, mudaria a história do mercado imobiliário da zona norte.
O que fez você deixar Análise de Sistemas e abraçar de vez o mercado imobiliário?
Foi a vida me mostrando o caminho. Eu me formei em Análise de Sistemas, mas percebi que faltava algo: contato humano, dinamismo, impacto direto na vida das pessoas. No mercado imobiliário, cada negócio tem uma história, uma conquista, uma realização. É um mercado desafiador, mas extremamente recompensador. Além disso, vi uma grande oportunidade de profissionalizar um setor que, na época, era muito informal. E mais do que isso: vi que ali estava meu propósito. Troquei os sistemas por pessoas. Troquei a lógica dos códigos pela lógica dos relacionamentos, e nunca me arrependi. Hoje, entendo que aquele movimento não foi uma troca. Foi um salto.
Você é chamado normalmente de “Capitão”. Como surgiu essa referência?
“Capitão” não foi um título que eu escolhi. Foi um nome que nasceu do olhar das pessoas ao meu redor. Veio do time, dos corretores, dos lídere, daqueles que me viram, ao longo dos anos, segurando o leme mesmo quando o mar estava revolto. E, no fundo, faz sentido. Porque desde o começo, nunca fui só empresário. Sempre fui aquele que abre a agência cedo, que participa das reuniões, que escuta, corrige, motiva. Que sente a dor de uma venda perdida e vibra com a conquista de cada corretor como se fosse minha. Ser chamado de “Capitão” me emociona porque carrega respeito, mas também carinho. Significa que, de alguma forma, consegui ser mais do que chefe. Consegui ser alguém que inspira confiança. E isso, para mim, vale mais do que qualquer título.
Quais foram os momentos mais desafiadores e os mais marcantes ao longo das quatro décadas?
Foram muitos. Quatro décadas não se atravessam sem tempestades. Os momentos mais desafiadores, sem dúvida, foram aqueles em que o mercado virou de cabeça pra baixo — crises econômicas, planos governamentais, instabilidades que paralisaram o setor. Teve ano em que parecia que o mercado tinha secado. E, nessas horas, o mais fácil seria recuar. Mas a gente escolheu resistir. Escolheu trabalhar dobrado, inovar, cuidar do time e manter o foco no longo prazo. Outro grande desafio foi profissionalizar a corretagem. No início, a atividade era muito informal, desorganizada. Apostar em estrutura, gestão, treinamento e tecnologia antes que isso fosse moda foi uma escolha ousada, mas essencial para construir o que temos hoje. E os momentos mais marcantes? São muitos também. A primeira venda. A abertura de cada nova agência. A criação de líderes dentro da casa. Mas talvez o mais marcante de todos seja ver corretores que começaram conosco sem nenhuma experiência e hoje são referências, sustentam suas famílias com dignidade, mudaram de vida. Saber que a Mirantte fez parte disso… isso não tem preço. No fim, cada desafio venceu quem desistiu. E cada conquista ficou pra quem permaneceu. E nós permanecemos. Juntos.
Certamente um desses momentos foi lidar com o impacto do Plano Collor, lançado em 1990 pelo então presidente Fernando Collor de Mello, que congelou 80% de todos os depósitos das contas correntes e cadernetas de poupança que tivessem mais de 50 mil cruzeiros (algo em torno de R$ 8 mil hoje), correto?
Foi um dos momentos mais difíceis da nossa história. Estávamos no meio da construção da sede, um projeto ousado, fruto de muito planejamento, trabalho e sonho. E de repente, do dia para a noite, o dinheiro sumiu. Literalmente. O Plano Collor confiscou as poupanças, paralisou o crédito, derrubou o mercado. Muita gente parou. Muita gente quebrou. Naquele momento, o mais fácil teria sido desistir, colocar o projeto em espera, recuar. Mas a Mirantte nunca foi feita de decisões fáceis. A gente decidiu seguir. Com menos recurso, com mais sacrifício, mas com o mesmo propósito. Fizemos ajustes, renegociamos tudo o que podíamos, contamos com parceiros que acreditaram no projeto e, principalmente, com um time que não se entregou. Cada tijolo daquela sede carrega uma dose de resiliência. Porque ela não foi construída apenas com cimento, mas com fé, coragem e uma vontade imensa de não deixar a Mirantte parar. E hoje, ao olhar pra aquele prédio, não vejo só uma sede. Vejo uma prova de que quem tem raiz firme, atravessa qualquer tempestade.
Qual foi a virada de chave para que a Mirantte se consolidasse como referência na zona norte?
A virada de chave aconteceu quando entendemos que não estávamos apenas vendendo imóveis, estávamos construindo uma cultura, um padrão de atendimento e uma forma única de fazer negócio. Desde cedo, apostamos na profissionalização da corretagem, em treinamento contínuo e em dar protagonismo ao corretor. Mas um marco simbólico e estratégico dessa virada foi a mudança do nosso primeiro sobrado no Jardim São Paulo para a sede própria: um prédio de cinco andares na Rua Francisca Júlia. Aquela transição representou mais do que crescimento físico, foi a materialização de tudo o que vínhamos construindo. Saímos de um espaço modesto para uma estrutura sólida, visível, organizada, e, com isso, passamos a ser reconhecidos não só pela tradição, mas pela estrutura e visão de futuro. A partir dali, começamos a formar líderes dentro de casa, a estruturar departamentos, a investir em gestão e dados. O corretor deixou de ser apenas um “mostrador de imóveis” para se tornar um verdadeiro consultor. E o mercado percebeu isso. Foi nesse momento que deixamos de ser uma entre muitas e nos tornamos a referência na Zona Norte. E não foi por acaso. Foi por visão, coragem e muita constância.
A Mirantte se define como “especialista em Zona Norte”. O que está por trás dessa estratégia?
Ser especialista em Zona Norte não é apenas um slogan. É uma escolha estratégica, construída com foco, constância e presença. A Mirantte cresceu junto com a região. Conhecemos cada bairro, cada rua, cada particularidade de público e produto. Enquanto outras imobiliárias tentavam abraçar a cidade inteira, nós mergulhamos fundo em um território e nos tornamos referência absoluta nele. Com nossas seis agências, cobrimos a Zona Norte como se fosse um tabuleiro de “war”. Cada ponto estratégico foi pensado para estar exatamente onde há movimento, crescimento e oportunidades. Estamos posicionados em volta das chamadas “zonas de prosperidade”, onde o mercado pulsa e o cliente precisa de orientação especializada. Essa presença física e humana em diferentes bairros nos permite algo que pouca gente tem hoje: capilaridade com profundidade. Sabemos o que acontece na Zona Norte em tempo real, seja uma nova tendência de moradia, uma valorização específica ou uma mudança no perfil de compra. Ser especialista é isso. Não é saber de tudo um pouco. É saber muito de onde importa. E para nós, a Zona Norte é o nosso território, a nossa história e o nosso compromisso.
Quais as principais características do mercado imobiliário na Zona Norte de São Paulo?
A Zona Norte tem um perfil único dentro de São Paulo. É uma região que combina tradição com valorização constante, e isso cria um mercado sólido, dinâmico e com oportunidades reais tanto para moradia quanto para investimento. Uma das principais características é o forte senso de comunidade. Muitas famílias moram há gerações na região, o que gera um mercado estável, com alta procura por casas, sobrados e apartamentos de médio e alto padrão, principalmente em bairros como Jardim São Paulo, Santana, Santa Teresinha, Jardim França e Tremembé. Outro ponto forte é a diversidade de produtos: desde imóveis compactos para o público jovem até casas de alto padrão em bolsões residenciais próximos à Serra da Cantareira. Tudo isso com excelente infraestrutura urbana, acessos rápidos e qualidade de vida. Além disso, a Zona Norte tem mostrado um crescimento estratégico. Novos empreendimentos, requalificação de áreas e o aumento na demanda por imóveis próximos à natureza têm impulsionado ainda mais a valorização da região. É uma região que soube crescer sem perder sua identidade. E isso faz toda a diferença no perfil de compra e venda.
Quantas agências a Mirantte tem hoje e em quais regiões atua na cidade de São Paulo?
Atualmente, a Mirantte conta com cinco agências, estrategicamente posicionadas para garantir cobertura total da Zona Norte de São Paulo, além de atuação especializada por segmento. São elas: Santana, Cantareira Jardim São Bento, Serra da Cantareira, Collection (foco em imóveis de alto padrão) e Lançamentos (especializada em empreendimentos na planta e em construção). Essa estrutura permite que estejamos presentes nos principais eixos de valorização da região, atendendo com excelência desde imóveis residenciais tradicionais até projetos sofisticados e lançamentos imobiliários.
Quantos colaboradores, entre corretores e funcionários, atuam hoje na empresa?
A Mirantte conta com mais de 500 colaboradores, entre corretores, equipe administrativa, marketing, jurídico, tecnologia e atendimento ao cliente. Também temos presença internacional, com operações voltadas para o atendimento de clientes no exterior, reforçando o compromisso em acompanhar nossos clientes onde quer que estejam.
O que motivou a Mirantte a atuar em mercados como a Flórida e Portugal?
Foi a combinação de visão de futuro com escuta ativa dos nossos próprios clientes. Ao longo dos anos, percebemos um número crescente de brasileiros buscando oportunidades de investimento e moradia no exterior, especialmente na Flórida (EUA) e em Portugal. São destinos que oferecem segurança jurídica, qualidade de vida e bom potencial de valorização imobiliária. Como especialistas, entendemos que não bastava apenas orientar. Era preciso estar presente, com estrutura, parceiros e conhecimento local. A entrada nesses mercados foi uma resposta natural ao que sempre guiou a Mirantte: acompanhar o cliente em cada fase da sua vida, seja comprando o primeiro imóvel em São Paulo ou realizando o sonho de morar ou investir fora do Brasil. Hoje, atuar na Flórida e em Portugal não é só uma expansão territorial, é uma extensão do nosso propósito. Levar confiança, informação e segurança a quem está dando um passo importante e muitas vezes desafiador. Mais do que vender imóveis fora, estamos levando a experiência Mirantte para além das fronteiras.
Como foi adaptar a cultura de negócios brasileira a contextos internacionais tão distintos?
Foi um processo desafiador, mas extremamente enriquecedor. Ao entrar em mercados como a Flórida e Portugal, entendemos rapidamente que não bastava replicar o modelo brasileiro. Era preciso respeitar e compreender a cultura local, a legislação, os hábitos de consumo e até o ritmo de negociação. Cada país tem sua própria dinâmica. Na Flórida, por exemplo, o mercado é altamente regulado e digitalizado. Em Portugal, o processo de compra é mais tradicional e envolve um contato mais direto com o cliente final e com a burocracia documental. Tivemos que aprender, adaptar linguagens, respeitar costumes e, acima de tudo, agir com humildade para escutar quem já estava lá. Mas um ponto foi inegociável: os valores da Mirantte. Ética, transparência, compromisso com o cliente e excelência no atendimento. Isso levamos para todos os lugares. E foi justamente essa essência que fez com que nossa atuação fosse bem recebida. A credibilidade construída em décadas no Brasil nos ajudou a abrir portas, mas foi a capacidade de adaptar sem perder identidade que consolidou nossa presença internacional. No fim, o segredo foi esse: ser local sem deixar de ser Mirantte..
Na atuação internacional, qual foi o peso de oferecer um serviço 360°, que vai da cidadania à locação do imóvel?
Esse foi, sem dúvida, um dos maiores diferenciais da Mirantte nos últimos anos. Quando decidimos atuar internacionalmente, sabíamos que o cliente não queria apenas comprar um imóvel fora. Ele queria segurança, orientação e apoio em todas as etapas, desde a legalização da documentação até a instalação no novo país. Foi aí que o conceito de “soluções imobiliárias” deixou de ser apenas parte do nome e passou a ser uma prática real. Oferecer um serviço 360°, que abrange processos de cidadania, abertura de contas, assessoria jurídica, financiamento internacional, compra, venda e até locação do imóvel, nos transformou em algo raro no mercado. Ou seja, uma empresa que resolve, e não apenas vende. Esse olhar completo tem um peso enorme na experiência do cliente. Ele se sente acompanhado, amparado e confiante para tomar decisões grandes, muitas vezes em um país novo, com uma cultura nova. E, mais do que isso, ele sabe que pode contar com a mesma qualidade Mirantte que conhece no Brasil. Hoje, ser uma empresa de soluções imobiliárias é o que nos diferencia. Porque não vendemos apenas imóveis, mas, sim, entregamos estratégia, segurança e realização de sonhos.
Qual é o segredo para manter relações comerciais de confiança por tanto tempo?
Confiança não se impõe, se constrói. E isso leva tempo, constância e, acima de tudo, coerência entre discurso e prática. Na Mirantte, desde o primeiro dia, entendemos que o cliente não está apenas fazendo um negócio, ele está confiando a nós um dos bens mais importantes da vida dele, que é o lar, o patrimônio, o futuro.O segredo sempre foi fazer o certo, mesmo quando ninguém está olhando. Cumprir o que foi prometido, tratar o cliente com respeito, orientar com transparência, assumir erros quando eles acontecem e, principalmente, estar presente, antes, durante e depois da venda.Também acreditamos que confiança se estende para além do cliente. Nossos parceiros, fornecedores e corretores sabem que podem contar com uma empresa que honra seus compromissos, que valoriza relações duradouras e que tem palavra. Foram 40 anos fazendo isso todos os dias. E é por isso que, hoje, atendemos filhos e netos de antigos clientes. Porque quando a base é sólida, o relacionamento vira legado
Existe alguma história ou reconhecimento recente que tenha te emocionado?
Sim, com certeza. Um dos momentos mais marcantes foi ter recebido o título de “Lenda do Mercado Imobiliário” pela agência Cúpola. Foi um reconhecimento que me tocou profundamente, não apenas pelo nome, mas pelo significado. São 40 anos de trajetória sendo reconhecidos por quem vive o mercado, por quem conhece os bastidores e sabe o quanto custa construir algo sólido e verdadeiro ao longo do tempo. Mas mais do que esse prêmio, me emociona ver o quanto a Mirantte se transformou em referência e em agente de transformação no setor. Somos parceiros da Loft, pertencemos à ABMI, colaboramos com inovações e participamos ativamente das conversas que moldam o futuro do mercado. Tivemos também a honra de ser um dos desenvolvedores do Corretop, uma das plataformas mais inovadoras voltadas à capacitação de corretores, e hoje somos laboratório para diversas soluções tecnológicas, testando e validando novidades que depois são aplicadas em todo o mercado. Ver a Mirantte ser reconhecida não só pela história, mas também pela capacidade de se reinventar e contribuir com o que vem pela frente, é algo que me emociona muito. Porque mais do que uma empresa de tradição, conseguimos nos tornar uma empresa de vanguarda, sem perder a essência.Esse é o verdadeiro legado: construir, transformar e deixar portas abertas para o futuro.
Como você enxerga os próximos anos da Mirantte?
Vejo um futuro de continuidade com evolução. A Mirantte tem uma base sólida, construída com trabalho sério, valores firmes e uma cultura que resistiu a crises, transformações e modismos. E é justamente essa base que nos permite olhar para os próximos anos com confiança e entusiasmo. Parte dessa confiança vem do processo de sucessão que venho construindo com muito cuidado. Preparei meu filho, Rodrigo, que está na Mirantte desde os 16 anos. Ele passou por todos os setores da empresa, aprendeu o negócio por dentro, viveu cada etapa — e hoje atua como diretor, com visão moderna, responsabilidade e respeito à história que ajudamos a construir. Os próximos anos serão de expansão inteligente, de digitalização com propósito e, principalmente, de fortalecimento do nosso papel como consultores de vida, e não apenas de imóveis. A Mirantte seguirá crescendo sem perder suas raízes, impactando mais pessoas, formando novos líderes e mantendo o mesmo compromisso que nos trouxe até aqui: fazer bem feito. Sempre. Ver esse legado continuar com preparo, paixão e visão é, para mim, a maior conquista de todas.
Qual é a sua missão pessoal hoje dentro do negócio?
Minha missão hoje é estratégia. É garantir que a Mirantte continue crescendo com consistência, olhando pra frente sem perder o que a trouxe até aqui. Estou muito envolvido no dia a dia, acompanhando de perto os movimentos do mercado, os números, as decisões importantes — e sim, continuo trabalhando forte, 12 horas por dia, muitas vezes também aos sábados, domingos e feriados. Não por obrigação, mas por amor. Porque isso aqui não é só um negócio pra mim. É parte de quem eu sou. Depois de 40 anos, eu sinceramente já nem sei se o Luiz é da Mirantte ou se a Mirantte é do Luiz. O que eu sei é que ainda acordo todos os dias com vontade de fazer acontecer, de liderar com exemplo, de preparar o caminho pra nova geração e de manter viva a cultura que nos fez chegar até aqui. Minha missão é essa: cuidar da essência enquanto abro espaço para o futuro. E vou seguir nessa jornada enquanto o coração mandar, porque isso aqui é mais que trabalho. É vida.
Que conselho você deixaria para quem está começando no ramo imobiliário?
Não seja mais um. Seja de verdade. Hoje em dia, tem muita gente no mercado vivendo uma mentira: empresa maquiada, corretor atrás de likes, curtidas e seguidores — como se corretagem fosse palco. Mas não é. Corretagem é chão de fábrica. É presença, é escuta, é resolver problema, é viver o cliente. Quem entra nessa profissão achando que vai “ganhar fácil” ou “trabalhar pouco” está no caminho errado. Aqui, o sucesso é pra quem estuda, pra quem insiste, pra quem não tem medo de encarar final de semana trabalhando e segunda-feira começando do zero de novo. Se você quer mesmo crescer, entenda desde já: não dá pra ser corretor de verdade pela metade. Seja inteiro. Estude o produto, conheça a região, ouça o cliente, honre sua palavra. O mercado pode até perdoar um erro — mas nunca perdoa quem é superficial. Não entre para ser mais um. Entre para ser referência.