
Imagine investir em um dos mercados imobiliários mais promissores de Portugal enquanto se conecta com sua história, cultura e gastronomia. Essa é a proposta da missão “Beiras: o novo Portugal imobiliário, história e gastronomia 2025“, que acontecerá de 10 a 18/10/25, combinando aspectos legais, fiscais e mercadológicos com experiências autênticas e oportunidades exclusivas.
A iniciativa é resultado da colaboração estratégica entre a ABMI, a Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil e a Câmara do Comércio da Região das Beiras (CCRB). Juntas, a três entidades buscam criar pontes comerciais, oferecer segurança jurídica e destacar oportunidades exclusivas para investidores qualificados.
Nesta entrevista, Ana Correia, presidente da CCRB, compartilha sua trajetória, revela os diferenciais da região e explica como essa missão pode abrir portas para investimentos estratégicos no imobiliário português aos associados da ABMI

“Os associados – destaca Ana Correia – terão acesso a oportunidades exclusivas, como propriedades com alto potencial de valorização. Networking, por meio de contato direto com agentes económicos, autoridades e parceiros portugueses. Informação qualificada sobre legislação, fiscalidade, incentivos fiscais e tendências de mercado.”
Segundo Ana, “os atrativos das Beiras para investidores imobiliários têm sobretudo a ver com o custo-benefício. Preços mais acessíveis que Lisboa, Cascais, Porto ou Coimbra”. Tudo isso, sem contar sua localização estratégica, pela proximidade com Espanha e principais cidades portuguesas e zona costeira, bem como a qualidade de vida, com muita natureza, “segurança, gastronomia, cultura, vitivinícolas e património histórico”.
Confira a íntegra da entrevista com Ana Correia, que ao final traça um roteiro completo dos atrativos da Região das Beiras.

Como foi sua trajetória pessoal e profissional até se tornar presidente da Câmara do Comércio da Região das Beiras?
Sou licenciada em Gestão pela Universidade Lusíada. A minha trajetória profissional passou pelo setor privado em grandes grupos empresariais e, também, como docente e formadora. Depois de uma vida dedicada à gestão fui atrás de um sonho. Quase à beira dos 50 anos criei uma marca genuinamente portuguesa, a Genuine Collection Portugal. Inovar, criar e apresentar um produto em que dignifico o património de um país, porque é o que de melhor ele tem para oferecer, foi o motivo de me voltar a apaixonar pela vida. E depois chegou a pandemia e quando tudo parecia novamente desabar, vislumbrei a oportunidade, vi a importância de que juntos somos, literalmente, mais fortes – e, consequentemente, chegamos mais próximos do que se pode considerar sucesso, Daí que juntos somos mesmo mais fortes a construir o futuro e, assim como que de um grito, nasceu a Câmara de Comércio da Região das Beiras, a beira dos 6.0 de alta intensidade. Assumi a presidência da CCRB em 2020, com o objetivo de fortalecer as Beiras como polo de negócios e integração internacional.
Qual foi a motivação para organizar essa missão e qual o papel da CCRB na iniciativa?
A motivação surgiu da crescente procura por oportunidades de investimento em Portugal, especialmente no setor imobiliário. A CCRB, como entidade que conecta empresas e promove a região, viu na parceria com a ABMI e a Federação das Câmaras Portuguesas no Brasil uma oportunidade de criar pontes comerciais e atrair investidores qualificados.
Como você enxerga a parceria entre a CCRB, a ABMI e a Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil?
Essa colaboração é estratégica. A ABMI traz expertise no mercado imobiliário brasileiro, a Federação facilita a integração institucional e a CCRB garante acesso a entidades governamentais, a nata do Imobiliário, oportunidades locais. Juntos, podemos oferecer segurança jurídica, contabilística, networking e dados precisos aos investidores e aos associados ABMI.
Quais expectativas podem ter os associados da ABMI ao participar da missão? O que eles podem ganhar ao se envolver nesta missão?
Os associados terão acesso a oportunidades exclusivas, como propriedades com alto potencial de valorização. Networking, por meio de contato direto com agentes económicos, autoridades e parceiros portugueses. Informação qualificada sobre legislação, fiscalidade, incentivos fiscais e tendências de mercado.
Quais são os principais atrativos da região das Beiras para investidores imobiliários?
Os atrativos das Beiras para investidores imobiliários têm sobretudo a ver com o custo-benefício. Preços mais acessíveis que Lisboa, Cascais, Porto ou Coimbra. A nossa área territorial é demarcada por dois rios. Margem sul do Rio Douro e margem norte do Rio Tejo até ao concelho {divisa} de Santarém, subindo para a Beira Litoral. A região das Beiras tem assim uma localização estratégica, isto é; proximidade com Espanha e principais cidades portuguesas e zona costeira. E, sobretudo, temos qualidade de vida, temos natureza, segurança, gastronomia, cultura, vitivinícolas e património histórico.
Como a região tem se desenvolvido no setor imobiliário? Quais são as oportunidades e desafios atuais?
O mercado cresce com projetos de turismo residencial, como aldeias históricas renovadas, e empreendimentos mistos – comercial e habitacional. O desafio é equilibrar preservação cultural com modernização. Não esquecer que existem universidades e institutos politécnicos de gabarito que atraem muitos jovens e é necessário alojamento. Mais uma franja de mercado com grande potencial.
Que tipos de investimentos podem ser mais promissores para estrangeiros interessados em imóveis na região?
Os investimentos promissores para estrangeiros passam, sem dúvida, pelo turismo: hotéis boutique, hotéis saúde e bem-estar, termais, aldeias tradicionais. Na área residencial: imóveis para arrendamento, para venda ou “golden visas”. Na área comercial, espaços para coworking e serviços. Hospitais, lares, escola são um nicho muito interessante em virtude de o setor público estar deficitário.
Qual é o diferencial da Beira em comparação com outras regiões de Portugal no que diz respeito ao mercado imobiliário?
Além do custo competitivo, oferecemos autenticidade. Cidades como Fundão, Coimbra, Aveiro, Santarém, Castelo Branco, Viseu combinam infraestruturas modernas com charme histórico, algo raro em outras regiões.
Como exatamente a CCRB opera? Quais são suas principais iniciativas e áreas de atuação?
Atuamos em três frentes. Na promoção empresarial, como feiras e missões internacionais; no apoio a investidores; na orientação jurídica e logística. E com a articulação política, criando um diálogo com o governo para melhorar o ambiente de negócios.
Quais são os desafios de representar e fortalecer economicamente a região?
Diversificar a economia, além do setor tradicional, como agricultura, e atrair talentos e capitais estrangeiros, garantindo sempre a sustentabilidade.
Como a CCRB se relaciona com outras entidades e empresas para fomentar o crescimento da economia?
Trabalhamos com Universidades (para inovação), politécnicos, associações setoriais e governos locais (autarquias e CIM’s – as Comunidades Intermunicipais), criando ecossistemas favoráveis a negócios.

Atrativos que impulsionam negócios
Para o site da ABMI, Ana Correia ainda elaborou um roteiro que mostra como a riqueza histórica e gastronômica da região pode ser aproveitada para impulsionar negócios e atrair investidores. Confira:
“A Região das Beiras, com o seu património único e gastronomia de excelência, oferece oportunidades excepcionais para investidores e empreendedores. Estes ativos podem ser alavancados estrategicamente. Primeiro, a Gastronomia como âncora de negócios e, segundo, vinhos de excelência:
● Dão e Beira Interior: Vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP), ideais para enoturismo, exportação premium e parcerias com restaurantes internacionais;
● Bairrada: Espumantes reconhecidos e vinhos tintos robustos, com potencial para rótulos exclusivos e experiências de degustação em quintas históricas.
Em terceiro, não esquecer os produtos endógenos:
– Queijos (como o Serra da Estrela), da Soalheira, considerado em novembro passado como o melhor queijo do mundo, azeites e enchidos que podem ser comercializados como produtos gourmet em mercados de luxo.
Outro atrativo muito importante é o património histórico como experiência. Os roteiros temáticos como rotas medievais (exemplo: Aldeias Históricas de Portugal) podem ser base para turismo cultural e eventos (temáticos e festivais).
– Reabilitação de castelos e mosteiros para hotéis boutique ou espaços de eventos.
Turismo Cinematográfico:
– Locais como o Convento de Cristo (Tomar) ou a Universidade de Coimbra, Mosteiro do Lorvão, Monsanto, um dos locais onde a série “House of the Dragon”, que antecedeu a “A Guerra dos Tronos” foi filmada, entre tantas obras primas, atraem produções internacionais com oportunidade de parcerias com a indústria criativa.
Os Segmentos de alto valor acrescentado são sem dúvida a hospitalidade diferenciada.
As Pousadas em solares do século 18 ou quintas vinícolas, com oferta de experiências imersivas (colheita da uva, workshops de gastronomia).
Eventos corporativos de lux
– A região é ideal para retiros de empresas, lançamentos de produtos ou festivais gastronómicos (exemplo: “Sabores da Beira” com michelin-starred chefs).
Incentivos e modelos de negócio, fiscalidade atrativos:
Benefícios do Regime do Residente Não Habitual (RNH) e vistos gold para investidores em turismo ou agroalimentar.
Parcerias Público-Privadas:
– Projetos de reabilitação urbana (exemplos: centros históricos de Viseu ou Guarda, Fundão Ovar, Almeida) com apoio de fundos europeus.
Casos de sucesso a replicar:
– “Prova Dão” – (feira de vinhos que atrai milhares de visitantes/ano).
– “Passadiços do Paiva” (combina natureza e património, gerando receitas turísticas significativas).
A combinação única de história, gastronomia e paisagem nas Beiras cria um ecossistema ideal para investimentos em turismo premium – nicho disposto a pagar por autenticidade.
– Exportação de produtos gourmet (com storytelling vinculado à região).
– Imobiliário especializado (hotelaria histórica, vinícola ou rural).”