“Uns mais, outros menos, todos nós temos essa voz implacável da autocrítica na cabeça. E a autocompaixão ameniza essa voz e nos permite lidar com muito mais firmeza e leveza com os nossos erros. A autocompaixão nos motiva ao crescimento e ao desenvolvimento.”
Quem faz essa afirmação e vai conduzir esse tema no 80º Encontro da ABMI é a facilitadora de autogerenciamento, com foco em Mindfulness, Regina Giannetti, que atua desde 2006 na área de desenvolvimento humano.
A apresentação de Regina – “Desenvolvendo a autocompaixão” –, que inclui um breve treinamento, começa às 16h46 do dia 10/6/22, marcando praticamente o encerramento do 80º Encontro da ABMI, que vai de 8 a 10 de maio, em Natal (RN), onde especialistas de renome estarão reunidos para, em palestras, painéis e pitchs, debater as novidades e os desafios do mercado imobiliário do país, com muito conteúdo sobre locação, vendas e novidades que envolvem o setor.
O evento, que marca a retomada dos encontros presenciais da entidade, interrompidos por conta da pandemia, terá como empresa-anfitriã a Abreu Imóveis, comandada por Ricardo Abreu, que, em 21 de março, foi formalmente empossado como presidente da ABMI para a gestão 2022-2024.
Paulistana de nascimento, Regina, que reside atualmente em Vinhedo (SP), entre outras ações voltadas à vida interior das pessoas, é criadora do programa “Você mais centrado” e faz o podcast “Autoconsciente”.
Formanda na 1ª turma
A formação como instrutora profissional de Mindifulness data de 2015, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Fiz parte da primeira turma. Meu certificado é número 16”, afirma Regina, lembrando que a inspiração para se dedicar ao Mindfulness veio a partir do livro “Foco: o motor oculto da excelência”, do jornalista, psicólogo e escritor norte-americano Daniel Goleman (76 anos), lançado em 2013.
“O ano de 2013, foi um ano muito crítico para mim no sentido pessoal, existência e profissional. Um ano de muito questionamento, de insatisfações. E uma das minhas insatisfações era a ansiedade, a falta de foco”, conta Regina, que, diz ter começado por essa época a pesquisar sobre atenção e o funcionamento do cérebro.
“Acabei fazendo uma série de descobertas, e uma delas foi o Mindfulness. Em outubro de 2013, Goleman lançou o livro “Foco”, que fala sobre o desafio para o cérebro humano de sustentar a atenção num mundo que nos bombardeia de estímulos. Comprei e devorei o livro. Comecei a pesquisar sobre Mindfulness por conta própria e me tornei praticante autodidata. Habilitada como instrutora pela Unifesp, comecei a atuar na área em 2016. De lá para, ministrei mais de 60 vezes o programa “Você mais centrado”, para turmas abertas e in company.”
Diplomada em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP) na década de 1990, Regina exerceu a profissão de maneira formal até a virada do século.
“Desempenhei a carreira de jornalista formalmente até 2001. Fui editora-chefe da Editora Abril. A minha saída foi provocada pelos atentados terroristas de 2001, que trouxeram uma crise muito aguda no mundo e no mercado editorial também. A abril realizou uma dispensa massiva e eu estava nessa leva”, recorda Regina, destacando, porém, que isso foi uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida.
“Gerenciamento de atenção”
“A partir daí, iniciei um processo de sucessivas mudanças e reposicionamentos que me trouxeram até onde estou hoje. Inicialmente fui trabalhar como consultora editorial. Como editora-chefe tinha umas habilidades, texto final e experiência em criação de projetos editoriais. Então fui trabalhar com isso, como autônoma. Conheci palestrantes, que foram meus clientes. Daí eu mesma comecei a dar palestras sobre comunicação, liderança, que também foi uma área que desenvolvi na minha carreira.”
“O Mindfulness foi uma grande influência na minha vida e eu procuro compartilhar isso com as pessoas”, diz Regina. “Ele deriva da meditação, mas é uma abordagem laica. Quando recebeu esse nome já se tornou uma coisa laica, um conjunto de práticas que, a princípio, podemos chamar de gerenciamento de atenção”.
Autocompaixão, que é o tema central da palestra, segundo Regina pode ser definida como “uma competência de inteligência emocional que impacta muito o relacionamento conosco mesmo.