“Os espaços que habitamos estão precisando ser reinventados. A nossa sala de estar é também home-office e salão de ginástica. O que eu percebo é que existe uma oportunidade para o mercado imobiliário de compreender uma nova vida, uma nova rotina que está sendo desenhada. É uma nova forma de viver mesmo, sendo desenhada entre as pessoas.  E o mercado imobiliário, que nos entrega as estruturas em que vivemos e trabalhamos, precisa aprender essa nova forma.”

Quem faz tal afirmação é a jornalista e escritora Natália Fontes Garcia, criadora do projeto “Cidades para Pessoas”, com o qual investigou, em mais de 100 destinos pelo mundo, novas formas de viver em cidades. “Cidades para pessoas”, por sinal, será o tema de sua palestra, nesta quarta-feira (24/3/2021), das 10h40 às 11h30, no segundo dia 76º Encontro ABMI, evento totalmente digital que acontece de 23 a 25 de março, como o realizado em novembro passado, por conta das restrições impostas pela pandemia.

Como da primeira vez, só que mais aprimorado, será um evento virtual, mas buscando ao máximo se aproximar das sensações proporcionadas pelos tradicionais encontros presenciais da entidade.

Natália Garcia vai falar sobre cidades voltadas para pessoas, um tema que ela estuda há mais de dez anos

Com a ABMI no modo digital, o que nunca foi uma novidade para uma associação que desde sua criação nunca teve sede física, o 76º Encontro será realizado na sede de cada um dos associados, o que permitirá que os colaboradores das empresas também participem do evento ao lado de seus respectivos dirigentes.

Com palestras-lives marcantes, realizadas sob cuidadosa curadoria, e a possibilidade de se discutir temas que dizem respeito ao presente e ao futuro do mercado imobiliário, o 76º Encontro reúne ainda cases de sucesso de empresas associadas.

“Salto quântico”

A partir da pesquisa para o projeto “Cidades para Pessoas”, Natália Fontes Garcia atuou em corporações, prefeituras e universidades da América Latina, além de ter sido cocriadora e apresentadora do Brechas Urbanas, no Itaú Cultural. “Cidades para Pessoas” se tornou uma consultoria de inovação para a vida urbana chamada “A Nova Cidade”

Segundo Natália, que também é autora do livro “Sete Dias No Butão – O Que Aprendi Sobre Felicidade”, o que a pandemia muda em termos do que as pessoas usufruem das cidades diz respeito aos espaços.

“A grande mudança é que a nossa vida, que já era muito pouco dividida entre espaços públicos e privados, passou a acontecer basicamente só em espaços privados”, assinala, vislumbrando um papel de destaque para o mercado imobiliário nessa nova forma de viver:

“Acredito que o mercado imobiliário vai precisar dar um salto quântico e trazer para dentro de sua inteligência de projetar e construir estruturas todas as necessidades humanas que estão sendo reinventadas. A educação, a alimentação, a gestão de recursos, a gestão de resíduos. O que vejo é um grande desafio, mas também uma enorme oportunidade para o setor imobiliário”, afirma.

Natália lembra que o “Cidades para Pessoas” foi um projeto de investigação que durou dez anos, e promete a quem assistir sua palestra no ABMI Digital a oportunidade de conhecer em primeira mão o desdobramento deste trabalho, a consultoria “A Nova Cidade”.

“Cidades para Pessoas” começou formalmente em 2011. Foi um período em que investiguei soluções ideias, projetos, iniciativas, ideologias e obras de arte que buscavam incrementar melhores formas de viver nas cidades. Hoje esse projeto evoluiu para uma consultoria de inovação para a vida urbana, que se chama “A Nova Cidade”. Por meio de uma metodologia que fui desenvolvendo nessa última década, a ideia com “A Nova Cidade” é atender pessoas e organizações que queiram desbloquear os seus potenciais e impactar as cidades positivamente. Ou na sua rotina, na sua forma de operar, ou em iniciativas e projetos específicos”, antecipa.

Confira a programação completa do segundo dia do 76º Encontro:

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