Não bastasse ter sido um instigante aperitivo para o evento presencial que acontece de 14 a 17/9/22 em São José dos Campos, o 81º Encontro da ABMI, em formato digital, realizado na manhã de 24/8, trouxe emoção e empolgação aos corretores de imóveis, cuja data nacional é comemorada neste sábado, dia 27.

Um dos pontos altos do evento digital foram os relatos de superação de Cristiano Alves Tomaz da Cunha, de Brasília (DF), e Jean Ricardo Magosso, de Caraguatatuba (SP). Por aclamação eles foram apontados online pelo público que acompanhava o 81º Encontro como vencedores do concurso de cases de corretores de imóveis.

Dando a volta por cima

Cristiano, que atualmente é gerente de Vendas da Beiramar Imóveis, associada da ABMI em Brasília (DF), onde está há 4 anos, atua como corretor desde 2007.

“Eu nunca saí do mercado. Há 15 anos trabalho ininterruptamente como corretor de imóveis. Nesse período, atuei como gerente de vendas, líder de equipe, diretor e como head. Cheguei a sócio da primeira empresa em que trabalhei, que foi a Miranda Imobiliária. Depois disso resolvi empreender e daí aconteceram os fatos que narrei no Encontro.”

A imobiliária própria montada entre 2014 e 2015 por Cristiano não deu certo.

“Como empreendedor, procurei mudar de mercado. Eu era especialista em Plano-Piloto – Asa Norte e Asa Sul – e resolvi abrir uma imobiliária em Águas Claras, outra região. Fiquei pouco mais de um ano trabalhando. Montei uma imobiliária do zero, E acabei quebrando. Saí com muitas dívidas.”

Luciano: “quanto melhor é o resultado mais é preciso se dedicar”

Além de a empresa não conseguir decolar, as dívidas foram se acumulando e havia um agravante, conforme comentou em sua fala no 81º Encontro.

“Eu havia noivado e ia me casar dentro de 7 meses. Aí eu pensei que a única coisa com que ia conseguir o aporte financeiro necessário para quitar todas as minhas dívidas, comprar um imóvel para morar com a minha esposa, e conseguir fazer o casamento – a gente queria um casamento com tudo o que tinha direito – era trabalhando como corretor de imóveis.”

“À época – relembra – procurei a Lopes Dall’Oca, onde fui trabalhar como corretor e lá eu consegui recuperar tudo. Consegui novamente tomar o caminho das vendas e capitalizar, quitar todas as minhas dívidas. Depois disso, tive meu escritório, trabalhando sozinho. E, por fim, nos últimos 4 anos estou aqui no Grupo Beiramar. Entrei no final de 2018 e ainda nesse ano consegui ser campeão de vendas com a minha equipe – e campeão do ano todo, mesmo pegando só o último trimestre. Em 2019 minha equipe também foi campeã. O mesmo acontecendo em 2020 e 2021”, destaca, com orgulho.

Lições aprendidas

Por tudo isso, a profissão de corretor de imóveis, na visão de Luciano, faz todo sentido. “Quando precisei dela, quando voltei a atuar como corretor no mercado, consegui realizar meus projetos e meus sonhos”, disse em seu depoimento, frisando que duas lições foram aprendidas em sua tentativa de montar o próprio negócio.

“A primeira é que eu tenho de continuar no meu mercado, onde sou especialista. Tentei buscar outro mercado, uma outra região e não deu certo. Hoje procuro me manter focado com o nicho com o qual trabalho, com os imóveis onde atuo como especialista. Outro aprendizado é que

não tenho de esperar estar num momento de crise para dar o meu melhor, dar tudo de mim. Hoje, procuro fazer isso todos os dias e quanto melhor é o resultado mais é preciso se dedicar, para permanecer lá em cima e não passar o que passei lá atrás”, aconselhou Cristiano.

Outra história de superação escolhida pelo público plugado no 81º Encontro, foi a de Jean Ricardo Magosso, gerente-comercial da unidade Caraguatatuba da Nova Freitas Imóveis, associada da ABMI em São José dos Campos, que sediará, de 14 a 17/9/22, o 82º Encontro, evento presencial.

Dignidade acima de tudo

Jean, que atua há 15 anos na atividade de corretagem imobiliária, tem uma história de vida bem peculiar. No final de 2015, como relatou no evento virtual, ele era gestor de uma grande empresa imobiliária na região do ABC paulista, quando um acontecimento o fez deixar tudo, emprego e residência, indo morar em Caraguatatuba, no litoral norte do Estado de São Paulo.

Admitindo que tentou fugir da corretagem algumas vezes, por conta dos altos e baixos da profissão, Jean lembra que a gota d´água para sua decisão em 2015 foi sua esposa e uma de suas filhas terem sofrido um assalto a mão armada. Na ocasião, ele morava em Diadema, cidade que integra a região do ABCD, na Grande São Paulo, e era coordenador e gerente comercial de uma imobiliária.

Jean e a esposa, Luana: “quando voltei a atuar como corretor, consegui realizar meus projetos e meus sonhos”

“O assalto foi próximo de casa. Levaram celular, dinheiro, e minha esposa ficou com crise do pânico. Uma semana depois, arrumamos as malas, deixamos nossa residência e nos mudamos para Caraguatatuba. Local novo, mercado novo, totalmente diferente do que é São Paulo. Comecei a trabalhar por aqui. Um corretor me indicou uma imobiliária local que não era muito legal. Gastei todas as minhas economias, num produto que não lançou. E quebrei. Fiquei aqui sem lenço e sem documento. Sem um parente por perto, sem pai, sem mãe”, contou no evento virtual, ressaltando ser pai de 6 filhos, 4 dos quais moram com ele a atual esposa (Luana de Almeida Magosso, que é corretora de imóveis e, também, trabalha na Nova Freitas).

“Quando quebrei não conhecia ainda Nova Freitas. Era temporada em Caraguatatuba, e como cozinho bem pensei: vou vender lanche natural na praia. Precisava colocar dinheiro dentro de casa. Acordava todos os dias às 5 horas da manhã, ia para o mercado, comprava frango, comprava atum enlatado, ia para casa, cozinhava o frango e desfiava o frango, fazia maionese. Prepara os sanduíches naturais de frango desfiado com maionese gourmet, azeitona e alface, e atum desfiado com tomate, maionese gourmet e azeitona. E saia vendendo na praia.”

Como sempre acreditou no lúdico, Jean disse que propagandeava seus sanduíches dizendo que o frango era de ovo de dinossauro e o atum era pescado pelos vikings e retirado da despensa do deus Netuno.

“Tempo é finito. Dinheiro é infinito”

“Eu tinha de ser diferente, tinha de fazer o lúdico. Fiquei alguns meses vendendo lanche natural, sustentando minha família de sol a sol na praia. Eu vinha de um mercado grande, mas não conhecia ninguém na cidade. Durante algum tempo até eu conhecer a nova Freitas, fiquei me sustentando e sustentando minha família, vendendo lanche na praia. Isso me trouxa a experiência de vida que levo e passo para os meus filhos e para os meus colegas de trabalho. Dinheiro a gente ganha todos os dias, gasta no dia seguinte e ganha de novo. Acho que a principal coisa que nós temos na vida – e muitos não dão a menor importância, dão mais importância para o dinheiro – é o tempo. Quando voltei a atuar como corretor no mercado, consegui realizar meus projetos e meus sonhos. É um aprendizado. O tempo é finito. O dinheiro é infinito”, ensina.

Indicado por amigo, Jean começou a trabalhar na Nova Freitas Imóveis, unidade de Caraguatatuba, em 2017. “Iniciei como corretor de imóveis. Depois passei a coordenador do lançamento do loteamento Portal dos Pássaros, em Caraguatatuba. A Nova Freitas marcou meu retorno à atividade de corretagem imobiliária. Hoje sou gerente-comercial na unidade Caraguatatuba.

O 81º Encontro, edição virtual, teve foco no corretor de imóveis. Muito conteúdo foi apresentado a quem acompanhou o evento pelo YouTube. Quem não assistiu ou quiser rever o Encontro é só acessar o canal de YouTube da ABMI por aqui. Um aperitivo instigante para o próximo encontro virtual da ABMI, o 82º Encontro, que vai acontecer de 14 a 17 de setembro em São José dos Campos (SP).

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