Experimentar IA sem medo, sugere palestrante do 87º Encontro

Tem que experimentar e tem que errar. Esse é o momento de aprender. Não é o momento de ter cuidado excessivo, para não correr o risco de ficar para trás.

O recado é de Alex Winetzki, sobre a utilização de ferramentas de Inteligência artificial no mercado imobiliário. Renomado especialista no assunto, Alex é um dos destaques do 87º Encontro da ABMI, que acontece em Gramado (RS), dias 26 e 27/10/23, com a palestra “A nova onda da Inteligência Artificial”.

Fundador e CEO da empresa de IA Woopi, além de diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Stefanini Group, Alex, que se apresenta nesta quinta-feira (26/10, às 16h30), comanda um time que é apontado como o maior na América Latina em pesquisa sobre inteligência artificial. Na palestra, ele pretende mostrar o impacto da IA na vida das pessoas e das organizações.

Conhecido por sua habilidade em explicar conceitos complexos de forma clara e acessível, Alex Winetzki já realizou mais de 50 palestras somente este ano. Atualmente, ele é considerado a voz mais ouvida sobre o assunto no Brasil.

Em entrevista para o site da ABMI, Alex lembra que as iniciativas nessa área ganharam força a partir do início deste século, principalmente devido ao investimento pesado do Google no processamento de linguagem natural. Essa área específica de IA é responsável por tecnologias como o Chat GPT e a IA generativa, que permitem a compreensão da intenção humana por meio da linguagem.

O especialista também aborda mitos e verdades sobre a IA. Segundo ele, o principal mito é a crença de que a IA está perto de adquirir consciência.

Quanto aos campos em que a aplicação da IA está mais avançada, Alex Winetzki destaca a nova geração de IA generativa, que possui habilidades avançadas de criação. Seja na música, na escrita, no desenho, na tomada de decisões ou na seleção de dados em documentos, a IA tem demonstrado excelentes resultados.

No mercado imobiliário, Winetzki enxerga grandes oportunidades ao utilizar ferramentas de IA de forma produtiva. Ele acredita que é possível compreender as necessidades dos clientes e direcionar essas demandas, deixando o contato humano para as interações mais calorosas, e as interações mecânicas para a IA.

Confira a íntegra da entrevista:

– Sem querer contar a história da IA, que remonta à famosa “máquina de Alan Turing”, na década de 1930, quando pesquisas e iniciativas nessa área ganharam mais força e como devemos encarar a IA nos dias de hoje?

As iniciativas de IA ganharam força particularmente a partir do início deste século, ali por volta do ano 2000, porque o Google investiu pesadamente num ramo da IA chamado processamento de linguagem natural. É esse ramo chamado processamento de linguagem natural que deu origem ao ChatGPT e à tecnologia que a gente chama de IA generativa. A razão de o Google ter feito isso é porque a razão da compreensão da intenção de um ser humano, sendo ela escrita ou falada, é essencial ao negócio do Google. Para que possa vender anúncios de uma maneira mais efetiva e pontual, eles precisam entender a intenção de um humano, através de texto, através de linguagem, e é por isso que eles colocaram investimento muito pesado nesta área específica, neste ramo específico da inteligência artificial.

 – Quais seriam os principais mitos e verdades sobre a IA?

O principal mito sobre IA é que ela está perto de adquirir consciência. Ainda que ela mimetize a capacidade humana de fazer alguma coisa de maneira bastante eficiente, ela está longe ainda de conseguir entender o mundo ao seu redor ou entender os contextos ao seu redor. Ela simplesmente processa dados de maneira muito efetiva. E a verdade é próxima: a IA cada vez mais e cada vez melhor consegue imitar a capacidade humana em tomar decisões, em fazer seleções, em criar coisas de maneira que pareça razoável e avaliável de maneira positiva por um ser humano, sejam elas um desenho, arte, música ou um texto.

– No que se refere às diversas áreas de atividades, em quais campos a aplicação da IA estaria mais avançada?

A nova geração de inteligência artificial é extremamente avançada na capacidade de criar, é por isso que ela se chama e IA generativa. Então seja criar música, seja criar um texto, seja criar um desenho, seja tomar uma decisão numa plataforma de atendimento, seja selecionar dados em um documento, ela é capaz de fazer todas essas coisas muito bem.

– No que se refere ao mercado imobiliário, quais os cuidados devem ser tomados, para utilizar de forma produtiva ferramentas de IA?

No mercado imobiliário, eu acho que existem oportunidades muito grandes em entender a necessidade do meu cliente, direcionar a necessidade desse cliente deixando o ser humano para fazer a parte de contato, a parte de interação mais calorosa, mais humana, mas deixando que a máquina faça as interações mecânicas, as interações iniciais, as interações do levantamento de negócio e não de fechamento. Então eu acho que há oportunidades muito grandes aí. E cuidado não tem que ter muito, não. Tem que experimentar e tem que errar. Esse é o momento de aprender. Não é o momento de ter cuidado excessivo, porque você corre o risco de ficar para trás.

Sempre a partir das 9h, o 87º Encontro da ABMI acontece no Hotel Alpestre, em Gramado, nos dias 26 e 27/10/23. Veja as demais atrações

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